Como prevenir queimadas e incêndios florestais, que por consequência do verão Amazônico, das elevadas temperaturas e da baixa umidade, acabam sendo suscetível a ocorrência de incêndios. Esse foi o tema central das palestras assistidas pelos produtores rurais nesta quinta-feira, 13, na Casa Familiar Rural (CFR) em Pacajá, ministrada pela Gestão Ambiental da BR-230/422/PA, através do Programa de Educação Ambiental (PEA), que permitiu ao público presente um maior conhecimento sobre as consequências trazidas pelas praticas das queimadas ao Meio Ambiente. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisa Especiais (Inpe), em 2013 o Brasil registrou 115.484 focos de incêndio, o Estado do Pará foi o que registrou mais queimadas. E a maioria dos incêndios florestais inicia-se por ação humana, o que era para ser uma simples queimada, acaba alcançando uma dimensão de um incêndio florestal.
Segundo a Engenheira Agrônoma, Luanna Nava, “o fogo prejudica a fauna e a flora nativas, causando empobrecimento do solo, erosão e reduzindo a penetração de água no subsolo, além de gerar poluição atmosférica com prejuízos à saúde de milhões de pessoas”, afirmou. Ainda durante a sua apresentação, a Engenheira Agrônoma fez a distinção entre o que é uma Queimada e um Incêndio Florestal e apresentou as principais técnicas para se fazer uma queima controlada com a construção de aceiros e utilização de equipamentos e ferramentas. ”Desta vez trouxemos essa temática para atender uma demanda recorrente na região, por entender que essa é uma prática antiga e muito comum principalmente no meio rural, que utiliza para viabilizar a agricultura ou renovar as pastagens. No entanto, a população e o meio ambiente sofrem diversos danos”, ressaltou Luanna.
De acordo com o coordenador do PEA, Marcelo Caldeira, a queimada não é proibida, porém aconselha-se escolher a melhor estação do ano para realizá-la. “Independente da finalidade, para se fazer uma queimada controlada, é necessário obter a autorização dos órgãos ambientais, e seguir determinadas técnicas para que a queimada não fuja do controle”.
Denúncias de incêndios criminosos podem ser feitas ao Corpo de Bombeiros, às prefeituras, às secretarias estaduais do Meio Ambiente e ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).